2009-06-16

A 7ª maravilha de Portugal que me faltava conhecer , já está riscada da lista!!

Pois é, para quem não se lembra, as sete maravilhas de Portugal são :
Castelo de Guimarães
Castelo de Óbidos
Mosteiro da Batalha
Mosteiro dos Jerónimos
Palácio Nacional da Pena
Torre de Belém

Mosteiro de Alcobaça


Desta lista faltava-me conhecer o ultimo. Achei que como inicio de férias e antes de sair do país para umas curtas férias na Galiza, deveria limpar esta minha falha.
Portada principal do mosteiro

O Mosteiro de Alcobaça, é a primeira obra plenamente gótica erguida em solo português. Foi começado em 1178 pelos monges de Cister. Está classificado como Património da Humanidade pela UNESCO e como Monumento Nacional desde 1910. Em 7 de Julho de 2007 foi eleita com uma das sete das maravilhas de Portugal.



Interior do mosteiro

Mosteiro com uma história linda de amor...vamos lá aprender com eu aprendi..

D. Pedro I casou em 1336, em segundas núpcias, com D.Constança Manuel, uma princesa castelhana. Devido a várias guerras entre Portugal e Castela, D. Constança só chegou a Portugal em 1339. No seu séquito, ela trazia a camareira Inês de Castro, que provinha de uma antiga e poderosa família nobre castelhana. D. Pedro I apaixonou-se por ela. Em 1345, D. Constança morrera 14dias após o parto do seu filho sobrevivente, D.FernandoI.

D. Pedro I passou a viver publicamente com D. Inês, nascendo desta relação três filhos. O pai de D. Pedro I, D Afonso IV, não aceitou esta relação, combatendo-a e, em 1335, condenou D. Inês à morte por alta traição.

Após subir ao trono, D. Pedro I vingou a morte da sua amada (afirmando ter-se casado com ela em segredo no ano de 1354) e decretou que se honrasse D. Inês como rainha de Portugal.

Quando em 1361 os sarcófagos estavam prontos, D. Pedro I mandou colocá-los na parte sul do transepto da igreja de Alcobaça e trasladar os restos mortais de D. Inês de Coimbra para Alcobaça, sob o olhar da maior parte da nobreza e da população. No seu testamento, D. Pedro I determinou ser enterrado no outro sarcófago de forma a que, quando o casal ressuscitasse no dia do Juízo Final, se olhassem nos olhos (de acordo com as fontes, só existiria o pedido de ser lida diariamente uma missa junto aos seus túmulos).

No dia 1 de Agosto de 1569, o rei D. Sebastião I (1554-1578), cujo tio era o cardeal D. Henrique, abade de Alcobaça, mandou abrir os túmulos. De acordo com os relatos de dois monges presentes, enquanto os túmulos eram abertos, o rei recitava textos alusivos ao amor de D. Pedro e de D. Inês. Durante a Invasão Francesa do ano de 1810 os dois túmulos não só foram danificados de forma irreparável, como ainda foram profanados pelos soldados. O corpo embalsamado de D. Pedro foi retirado do caixão e envolvido num pano de cor púrpura, enquanto a cabeça de D. Inês, que ainda continha cabelo louro, foi atirado para a sala ao lado, para junto dos outros sarcófagos. Os monges reuniram posteriormente os elementos dos túmulos e voltaram a selá-los. Após o ano de 1810, os túmulos foram sendo colocados em vários sítios da igreja, para voltarem à sua posição inicial no transepto, frente a frente, em 1956. Agora, os túmulos são o destino de muitos apaixonados, que muitas vezes os visitam no dia do seu casamento, para fazerem juras de amor eterno e de fidelidade defronte aos dois túmulos.


Túmulo de Pedro e Túmulo de Inês

1 bocas:

eszencia disse...

Sim, senhora! Muito bem!
Estou a ver que as férias correram bem! ;)