2007-02-09

Referendo

Como me identifico com este texto, achei por bem o divulgar:
A DESPENALIZAÇÃO DO ABORTO
Pensei escrever sobre este tema tão complexo. Sei que a confusão é grande. Se eu puder esclarecer, nem que seja um pouco…
Sabendo que vivemos num mundo dual, onde os opostos coexistem, ou seja, não há dia sem noite, luz sem escuridão, céu sem terra, yin sem yang, vida sem morte, enfim sabendo que tudo o que existe no Universo tem o seu oposto, há que aprender uma lição essencial – a aceitação plena da coexistência simultânea dos dois. Pois ambos os opostos fazem parte da Unidade.
Com esta abordagem podemos ver que, em relação à despenalização do aborto, tanto são válidos e legítimos os argumentos que a defendem, como os que a condenam. Cada associação ou cidadão que defende qualquer uma destas opções terá as suas razões mas o que interessa diferenciar aqui é uma questão essencial
- A escolha é de cada um.
No livre-arbítrio ninguém tem o direito de interferir. Cada um saberá decidir o que é para si, sabendo também as consequências que isso implicará. Inclusivamente a nível kármico. Mas ninguém deverá fazer a sua opção só para agradar ou satisfazer o outro, a sociedade ou uma moral que encalha a própria liberdade individual.
Além do mais, convém sublinhar, como já tem sido esclarecido, que o que está em causa não é a defesa ou promoção do aborto, mas sim a despenalização do aborto. Que é uma questão inteiramente diferente. O que se está a referendar é se as mulheres devem obrigatoriamente ser penalizadas e criminalizadas por um gesto já de si tão devastador a nível emocional, e que tanto sofrimento traz a quem se vê obrigada a fazê-lo.
Pensando com a consciência, acha mesmo correcto que a lei criminalize desta forma uma decisão consignada pelo livre-arbítrio de cada um? Não será uma hipocrisia ter um enquadramento legal que no fundo acaba por condenar tantas mulheres à morte, graças à forma subversiva como têm de realizar a operação? Pense bem, quem é quem para decidir sobre a vida do outro? Seja da mãe, seja da criança?...
A escolha é sempre nossa, só nós saberemos o que fazer e qual a opção que devemos seguir. A isso se chama Liberdade de Escolha. E todos devemos saber respeitá-la.
(Este texto é a visão da autora. Não é uma canalização)
Até sempre,
Alexandra Solnado

Infelizmente conheço bem mulheres que fizeram abortos, outras que pensaram nisso e que não o fizeram…a escolha foi de cada uma…sei que aquelas que o praticaram não o fizeram de animo leve e sei também que ainda hoje continuam a achar que foi a melhor opção na altura perante as circunstancias… por não achar que há direito de punir estas mulheres..domingo EU VOTO SIM!

1 bocas:

Anónimo disse...

Eu também voto SIM. A decisão de não ter um filho, por questões diversas, é bem mais dificil do que a decisão de ter. E se a mulher, "dona do seu corpo", achar que não tem condições para ter esse filho, a decisão pertence a ela e somente a ela. Concerteza que com o SIM irá haver aconselhamento e meios para se efectuar o procedimento operatório com segurança. A sociedade Portuguesa que se deixe de hipocrisia, os " Não", será que se tem que fazer ás escondidas ou terá que se ter recursos, ou para que os amigos os façam encapussadis nos "H" públicos.
Continuaria...tenho que ir almoçar...segundo toque.

RJ