Bem, como sabem desde os meus 9 anos que estou habituada ao rali Dakar associado à passagem do ano...apesar deste ano termos uma inicio de rali mais tardio (partida a 6 de janeiro).
Apesar da minha infância e adolescência ter sido passada em terras gaulesas, só em 1982 comecei a acompanhar o Dakar com muito mais atenção. E isso pelo facto simples do meu ídolo musical da altura - Daniel Balavoine integrar uma equipa do rali. Sendo este artista para os franceses um fenómeno musical na altura tal como foi o nosso Rui Veloso aquando o Chico Fininho, todos os fans vibraram com esta participação.
Sua participação iria se tornar um marco importante na história do Dakar. Sendo ele já em França associado as causas anti racistas aproveitou sua participação para chamar atenção ao mundo sobre o lado menos bonito do Dakar. Fez músicas lindas sobre aquilo que presenciou no deserto e letras fantásticas como “Um enfant assis attend la pluie” – sobre uma criança que passa os dias sentada à espera que chova para ter agua para beber.
A vertente humanitária do rali alem de prova e competição começaria aqui. Em 1985, Daniel Balavoine com Thierry Sabine (pai do Dakar- seu fundador) decidiram criar o Paris-Dakar-Pari du coeur (aposta do coração).
« celui auquel on participe pour faire gagner les autres ». Grâce à la portée médiatique de l’événement et à la sincérité naturelle des deux ambassadeurs, le projet a rapidement trouvé des relais dans l’opinion, sensibilisée aux drames vécus par les populations du Sahel.
Em 1986 infelizmente a participação de Daniel Balavoine no rali desse ano, que então se resumia unicamente a uma missão humanitária teve um fim trágico.... o helicóptero onde se deslocava durante o Dakar caiu e não houve sobreviventes.... com ele seguia também Thierry Sabine.
Por isso, sempre que a passagem do ano chega e o rali Dakar entra na fase dos preparativos, recordo musicas tais como esta que marcaram para sempre a minha vida. Lembra que hoiuve pessoas como o Balavoine que queriam simplesmente chamar o mundo a atenção da outra face deste rali tal como a falta de agua que sentem as pessoas que vivem nestes desertos assim como o fenómeno do racismo que ainda as mesmas eram sujeitas por exemplo em França ....
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